Na reta final de uma campanha, principalmente quando tem um acirramento, como é o caso da disputa pela vaga do Senado no Rio Grande do Norte, eis que os candidatos começam a apelar pelo voto útil.
O que é o voto útil?
Vota em Carlos Eduardo para derrotar Rogério Marinho ou vota em Rogério Marinho para derrotar Carlos Eduardo. O pior é que o eleitor cai na besteira e termina e termina dando, não o voto útil, mas o voto inútil.
Muita gente que está na onda do “nem Carlos nem Rogério” tem se definido pelo nome do candidato Rafael Motta (PSB), que também disputa a vaga única do Senado.
E o nome de Rafael termina chegando leve onde as pessoas não conseguem entender que mesmo tendo sido prefeito por 16 anos, Carlos Eduardo não tenha conseguido melhorar um dos piores sistemas de transportes públicos do país, que atende sofridamente à população de Natal; que um prefeito durante 16 anos não tenha conseguido solucionar problemas de famílias que perderam casas e dignidade em Mãe Luiza, onde a gestão se preocupou em construir uma escadaria bonita para agradar turistas e moradores dos prédios de luxo da beira-mar. Basta dar uma entradinha em Mãe Luíza para entender o descaso.
O nome de Rafael chega leve onde as pessoas não admitem votar num candidato que mexeu na dignidade do trabalhador, com a reforma trabalhista, assinada pelo ex-ministro Rogério Marinho. Que mexeu na perspectiva de futuro de quem pensava um dia se aposentar, e mesmo com uma aposentadoria abaixo do que merecia, botar o corpo na cama mais cedo todos os dias, sabendo que no dia seguinte tem comida na mesa.
O voto útil pode até não ser em Rafael.
Tem mais candidatos: Dario Barbosa, Freitas Júnior, Geraldo Pinho, Marcelo Guerreiro, Marcos do MLB, Pastor Silvestre e Veterinária Shirley.
O voto útil – votar em um ruim só para não eleger um outro ruim – não é voto útil.
É voto inútil.
FONTE: thaisagalvao.com.br