Marca de móveis abole termo ‘criado-mudo’ por associação ao racismo

Você ainda chama a mesa que fica ao lado da cama de criado-mudo? A marca de móveis Etna sugere abolir esse termo e associa a palavra com a escravidão.

Em campanha lançada no dia 20 de novembro, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra, a rede anunciou que está abolindo o termo “criado-mudo” de seus catálogos e lojas. Ele será substituído pelo já popularizado sinônimo “mesa de cabeceira“.

Segundo a Etna, era comum que escravos designados para tarefas domésticas fossem chamados de “criados”. Algumas destas pessoas ficavam encarregadas de passar a noite imóveis ao lado da cama dos “senhores” para servi-los.

Um dia, surgiu a ideia de uma pequena mesinha para ficar ao lado da cama, usada basicamente para apoiar objetos. Esse móvel exercia a mesma função do escravo doméstico e foi chamado de criado. Então, para não confundir os dois, passaram a chamar o móvel de criado-mudo“, diz o texto da campanha “Criado-mudo nunca mais“.

Um vídeo publicitário criado pela empresa convidou pessoas negras a descobrir a história do nome do móvel. Os convidados se espantaram ao perceber que ele tem associação com o período da escravidão no Brasil (veja abaixo).

A empresa iniciou o processo de transição do nome do móvel e se comprometeu a abolir a palavra criado-mudo em todas suas lojas físicas e em seu site. Em seu protocolo de intenções, a Etna diz convidar os principais players do segmento para abandonar o termo também, ao mesmo tempo em que irá comunicar aos fornecedores sobre a mudança, para que a palavra seja retirada de caixas, manuais e outros materiais informativos.

Acreditamos que esta simples atitude pode despertar nas pessoas uma consciência importante em relação a fatos e atos de nosso dia a dia que não podemos simplesmente ignorar“, destaca o site da iniciativa.


Fonte: Hypeness

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