“Café com leite: cinco dicas para tornar a dupla cremosa como nas cafeterias”

“A combinação é sempre a mesma. O que varia é a proporção de um para outro e o nome que uma boa xícara de café com leite ganha em cada cultura. Na Itália, ele é caffè latte; na França, café au lait; na Austrália, flat white. Por aqui, pode ser pingado ou média e, por favor, que seja servido no clássico copo americano sextavado.”

“Apesar de a mistura ideal do café com leite ter muito mais a ver com o repertório sensorial de cada pessoa do que com uma receita correta, alguns fatores influenciam bastante no resultado final da bebida. Entre eles, o tipo do leite, a qualidade do café e também seu método de extração: você vai preparar um espresso, um coado ou um instantâneo?”

“Leite quente, sim. Fervido, nunca

Assim como o café, a temperatura do leite tem relação direta com seu sabor. Funciona assim: quanto mais quente, menores as nuances de sabor percebidas na boca. Nas cafeterias, o leite costuma ser vaporizado a uma média de 65° C. O líquido fica quente, mas nunca é fervido”

“O motivo, explica o barista Daniel Acosta Busch, tem a ver com os açúcares e a gordura presentes na composição do leite. “Quando você atinge temperaturas elevadas, você queima esses compostos e o resultado é um sabor de queimado. Por isso, a dica é evitar ferver”, sugere o bicampeão nacional de latte art.

Vaporização improvisada

Partindo da ideia de que nem todo mundo tem uma máquina profissional para tirar espressos e vaporizar leite em casa, qual é a melhor técnica para fazer um café cremoso? Apostar no improviso. Existem alguns utensílios caseiros que ajudam a “espumar” o leite até certo ponto (embora nunca igual ao das cafeterias), como os mixers de mão movidos a bateria.

Até mesmo a prensa francesa, método de extração de café a partir da infusão, funciona. A dica é colocar o leite quente no recipiente e movimentar o êmbolo repetidamente até que o leite dobre de volume e ganhe uma textura aveludada.”

“Integral, desnatado, vegetal

É graças às moléculas de proteína que o leite se expande e ganha volume. Como todos os tipos podem ser vaporizados (dos integrais e desnatados aos “sem lactose” e vegetais), o que muda é o potencial de aeração de cada um.

O assunto é tão delicado quanto a espuma cremosa que cobre a xícara de café. A título de comparação, o teor médio de proteínas do leite de vaca é de 3% por 100 ml. Já o dos leites vegetais costuma ser bem maior – o de amêndoas chega a 19% e o de amendoim a 26%, para se ter ideia. Por isso, cada um se “comporta” de modos diferentes na vaporização. O jeito é testar em casa e ver qual se adapta melhor ao seu café.

E a gordura?

Embora não interfira tanto na vaporização, ela é responsável pela “viscosidade” da espuma. Mais importante ainda: por boa parte do sabor final da bebida. “O leite integral vai dar uma sensação de boca mais preenchida, encorpada. Já o desnatado vai ficar mais ralo e o ‘sem lactose’ mais doce, porque na verdade ele é acrescido da enzima lactase para facilitar a digestão”, exemplifica Busch.”

Fonte: Gazeta do Povo

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