Uma das fotografias políticas mais bonitas que já vi foi essa de Lula que está na capa deste artigo.
Se não estou enganado, o ano era 2006, Lula candidato à reeleição. O Silvério original, meu pai, colocou um banner grande com esta foto à frente da nossa casa. Era criança, mas lembro da forte simbologia da imagem.
Na foto, o carisma do líder, que havia conseguido uma proximidade com o povo ainda não atingida por um presidente neste país.
De fato, Lula encontrava-se no auge do seu carisma, aqui entendido como capacidade de exercício de poder pela persuasão e pela liderança orgânica.
Este é um dos grandes desafios de um líder. Quando se influencia e se conduz pelo carisma, reduz-se a necessidade de eventuais medidas fundamentadas na coerção ou na utilização de recursos materiais.
O carisma não se ensina. É uma chama com a qual se nasce.
Nenhum dos últimos prefeitos de Natal teve isso. Foram eleitos por conjunturas materiais específicas, com exceção de Micarla.
Próximo ano isso pode mudar. Há, agora, o carisma de umA líder: Natália.
Talvez, pela primeira vez, possamos ver em Natal uma líder que seja efetivamente próxima ao povo que governa.