Quem pensa que as articulações com vistas a eleição do próximo ano se encerraram nos alpendres dos veraneios de Pirangi, esta um pouco equivocado, pelo menos não em Parnamirim. Na terra que sobrevoam aviões, não faltam cortinas de fumaças, “chafurdos” e análises.
Há quem diga que o sucessor do prefeito Taveira já esteja escolhido, há quem aposte no fim do ciclo agnelista, há quem diga que as cartas ainda não estão na mesa, mas há também quem acredite fielmente na eleição da primeira mulher prefeita da cidade. As previsões são muitas, mas esta última, vale considerar.
As pesquisas internas indicam que o cenário está em aberto e que há dois nomes que figuram entre os primeiros classificados, ou melhor, primeiras classificadas. Isso porque há um duelo entre oposição e situação personificados nas pessoas da ex-vereadora Professora Nilda e da atual vice-prefeita Kátia Pires. Ambas tem respaldo popular e chances concretas de conquistar a cadeira do coronel.
Nilda enfrentará algumas dificuldades, primeiro a divisão na oposição, com nomes postos e bem circulados, segundo a situação partidária, que poderá implicar na formação de nominata proporcional e terceiro, furar a bolha da classe media e alta que ainda não sentem confiança no perfil da ex-parlamentar.
Kátia também tem desafios a enfrentar, primeiro a briga pela indicação do candidato da base, tendo em vista que já foram lançados vários pré-candidatos, segundo a opção pela escolha da filha Carol para disputar novamente o mandato de vereadora e por último, a decisão pelo apoio ou não do União Brasil.
A verdade é que mesmo com dificuldades, o cenário é positivo para ambas, ainda que Katia tenha largado na frente com uma boa atuação a frente da Fundação de Cultura e pelo bom trânsito revelado nesta última viagem a Brasília. Viagem esta, que daria um ótimo capítulo de futurologia, tendo em vista que a vice-prefeita estava, por acaso do destino ou não, justamente na Marcha dos Prefeitos.
Daqui para 2024 ainda tem muito o que acontecer – para não perder o jargão: “águas ainda irão rolar”, mas certamente, enquanto forem levadas por debaixo das pontes as águas, por cima, sobre os céus, as chapas serão formadas. Resta saber portanto: quem resistirá as turbulências e pousará sã e salvo (ou salva?) no Centro Administrativo Agnelo Alves?