O Prêmio Nobel de Física foi concedido aos cientistas Syukuro Manabe, Klaus Hasselmann e Giorgio Parisi, cujo trabalho inovador nos últimos 60 anos previu mudanças climáticas e decodificou sistemas físicos complexos.
Manabe, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e Hasselmann, do Instituo Max Plank de Meteorologia, na Alemanha, levam metade do prêmio – 10 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 6,1 milhões – por “desenvolverem um modelo físico do clima, quantificando a variabilidade e prevendo o aquecimento global de forma confiável”, de acordo com o comunicado à imprensa da Academia Real Sueca de Ciências.
Ambos realizaram um trabalho pioneiro nas décadas de 1960 e 1970, que soou um primeiro alarme sobre a mudança climática causada pelo homem.
O físico italiano Parisi ganhou a outra metade do prêmio, pela “descoberta da interação da desordem e das flutuações nos sistemas físicos das escalas atômicas às planetárias”.
O trio foi anunciado como vencedor em uma coletiva de imprensa na terça-feira em Estocolmo, Suécia.
O trabalho de Manabe na década de 1960 demonstrou como o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera causou o aumento da temperatura da Terra. Ao fazer isso, ele “lançou as bases para o desenvolvimento dos modelos climáticos atuais”, disse a Real Academia Sueca de Ciências em um comunicado.
Uma década depois, Hasselmann “criou um modelo que liga o tempo e o clima”.
Thors-Hans Hansson, presidente do comitê do Nobel, disse: “É um prêmio de física. E o que estamos dizendo é que a modelagem do clima é solidamente baseada na teoria física.”
As descobertas de Parisi, entretanto, “tornam possível compreender e descrever muitos materiais e fenômenos complexos diferentes e aparentemente inteiramente aleatórios.” Isso não vale apenas para a física, mas também para outras áreas, como matemática, biologia, neurociência e machine learning, acrescentou a academia.
Fontes: CNN e Metrópole
