Robô brasileiro ajuda pacientes na UTI a manter contato com a família

Foto: Divulgação/ Human Robotics

Um robô desenvolvido para atuar em hospitais pode auxiliar o lado psicológico de quem está internado na UTI com covid-19 ao permitir o contato de pacientes com familiares.

O equipamento consegue interagir em português, detectar pessoas ao redor e se movimentar de forma autônoma pelo corredores de um hospital. O projeto foi desenvolvido pela startup Human Robotics, que é acelerada pela Hotmilk -ecossistema de Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Por ser uma doença contagiosa, pacientes da covid-19 não podem receber visitas de familiares. O acesso a dispositivos eletrônicos dentro das UTIs também é restrito. Então, as ligações por vídeo, mediadas por enfermeiros ou médicos, têm sido uma das formas de manter o contato com o lado de fora do hospital.

“À medida que esse paciente vai tendo contato com os médicos, com a família ou amigos, seja por celular ou tablet, ele tem a percepção de melhora. O fato de ouvir a voz do outro e ser escutado ajuda na cura”, explica Dorli Kamkhagi, psicóloga do IPq e coordenadora do projeto LIM27, Laboratório de Neurociências na USP.

Dorli explica que o contato pessoal com os familiares é essencial para os pacientes da covid-19 desde o momento em que chegam ao hospital, pois sentem medo. A psicóloga afirma que “conversar com as pessoas queridas enquanto está no hospital aumenta o que chamamos de resiliência, pois o paciente sabe que tem que lutar por ele e pelo outro. Todo mundo precisa de um reforço para viver.”

Os robôs também podem contribuir para reduizir a exposição de profissionais da saúde ao novo vírus. As máquinas podem desde levar comida ao quarto até fazer relatórios de rotina. No Japão e na China, a tecnologia já tem como finalidade auxilar no trabalho diário dentro dos hospitais antes mesmo da pandemia. Aqui no Brasil, o Hospital Universitário Cajuru (HUC), em Curitiba, foi o primeiro local escolhido para os testes com o novo robô brasileiro.

“Nos processos de teleatendimento, o uso dos robôs diminui a exposição dos médicos e enfermeiros a contaminações, ao mesmo tempo em que traz a humanização da medicina facilitando a comunicação por voz e vídeo entre pacientes (em quarentena ou não) e familiares. Além disso, proporciona o acesso remoto para acompanhamento de cirurgias e casos sem risco de contaminação”, explica Olivier Smadja, fundador da Human Robotics.

R7

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