Foi pela força e sensibilidade de uma mulher que a escravidão foi abolida no Brasil

Nesta quarta-feira (13), completa 132 anos que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que acabou, formalmente, a escravidão no Brasil. Porém, antes dela ser assinada já estava cada vez mais difícil manter a mão de obra escrava no país, por questões políticas, sociais e econômicas. O país teve uma forte pressão da Inglaterra para que a libertação acontecesse.

Paralelamente à redução do número de escravos, houve o crescimento da utilização da mão de obra assalariada de imigrantes europeus, que vinham morar em colônias e trabalhar na produção cafeeira. Para os grandes fazendeiros, começava a ficar mais viável e lucrativo utilizar a mão de obra imigrante, barata e abundante, do que adquirir escravos.

Depois da abolição, não foram implementadas medidas para inserir a população negra na sociedade. Não houve nenhuma ação para viabilizar o acesso à terra e à moradia e os negros tinham que disputar o mercado de trabalho com os brancos e imigrantes. Os libertos também ficavam às margens das políticas de saúde e educação, impedindo que eles exercessem uma verdadeira cidadania.

Na atualidade, as semelhanças de 132 anos atrás continuam. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 70% das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza no Brasil são negros e que o salário médio deles no país é 2,4 vezes mais baixo que o dos brancos. Além disso, mais de 40% das vítimas de homicídios no país são negros de 15 e 29 anos.

A data de hoje, deve ser um dia de consciência além de tudo, pois para que diminuam as desigualdades, há um longo caminho de lutas e resistência.

Siará news.

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