Após aumento de violência contra mulher, MP cria site para orientar jovens em relacionamento abusivo

Ministério Público criou site para mulheres identificarem se são vítimas de violência.

SP registra aumento de casos de violência contra a mulher durante pandemia 

O Ministério Público de São Paulo criou um site para orientar mulheres em relacionamentos abusivos. A campanha usa a inteligência artificial para falar com as mulheres. Minha Amiga Inteligência Artificial (Maia) conversa com as mulheres e não armazena dados no aparelho utilizado para acessar o site. Em dois meses, mais de mil jovens procuraram pela plataforma. 

“Em síntese, uma relação abusiva envolve um código, o CIC: Controle, Isolamento e Ciume Excessivo. Então, se a gente interfere nesses fatores, a gente consegue evitar que mulheres jovens, por exemplo, sofram violência e mulheres adultas também”, explica a promotora de Justiça Valéria Scarance, uma das idealizadoras da campanha e coordenadora do Núcleo de Gênero do MPSP.

De acordo com a promotora, o objetivo do site é conversar com as mulheres de forma leve, mostrando os primeiros sinais de quando o relacionamento já não está saudável, oferecendo orientações de canais de ajuda caso haja algum tipo de abuso psicológico ou físico. 

Aumento de violência

Durante o isolamento social determinado pela pandemia do novo coronavírus, houve aumento na violência contra as mulheres. 

  • Medida cautelar (medida protetiva de urgência): Aumento de 29,2%
    Fevereiro de 2020: 1.934 | Março de 2020: 2.500 
  • Auto de prisão em flagrante: Aumento de 51,4%Fevereiro de 2020: 177 | Março de 2020: 268 
  • Prisões em flagrante por descumprimento de medidas protetivas: Aumento de 16,6%
    Fevereiro de 2020: 12 | Março de 2020: 14 

Em 2018, quase metade das mulheres entre 16 e 24 anos sofreram algum tipo de violência, aponta uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

A Polícia Civil ampliou o atendimento da Delegacia Eletrônica no dia 25 de março. As ocorrências de violência doméstica são analisadas e encaminhadas para investigação pela delegacia ou Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) mais próxima à vítima. AS 134 DDMs de todo o estado funcionam regularmente durante a pandemia.

G1.

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